domingo, 2 de novembro de 2008

É esta a realidade da nossa educação


É notório o descaso com a educação neste país. Por mais que os discursos oficias tentem encobrir a falência do atual sistema educacional, apresentando números e cantando loas às inaugurações de prédios pretensamente educativos, como se prédios fossem sinônimos de conhecimento, não são o bastante, os discursos, para mascarar a realidade.

Quem de vocês já não recebeu um desses e-mails que circulam pela internet tratando de “pérolas” de vestibulares ou outros concursos?... São risíveis?... Não. São trágicos. São esses mesmos que amanhã estarão a nos enfiar um bisturi no fígado, a nos defender nos tribunais, a reproduzir as suas mediocridades nas escolas para que nossos filhos se tornem tão ou mais ignorantes que eles próprios e a fazer as leis que seremos obrigados a cumprir.
É esse o círculo, ou melhor, a espiral que a cada volta mais nos leva para a profundeza do obscurantismo da ignorância tecnicista.

Ah, mas eu sei montar um computador em meia hora, sei fazer cálculos estruturais que economizarão alguns milhões para a construtora que me paga; se mais tarde houver infiltrações e o prédio ameace ruir, esse “mais tarde” sei também planejar. Será na justa medida em que tudo já esteja pago e as responsabilidades não mais existam.

Não preciso saber escrever. O corretor ortográfico do Word resolve isso. E nem preciso pensar muito. As fórmulas prontas do Excel calculam para mim. Não tenho que pensar no caráter social do que faço, o governo tem pessoas para fazer isso, e tabularem, e discursarem e se elegerem.

A mim me basta saber que esta venda vai me render uma boa comissão, pois a máquina que estou vendendo é já obsoleta, mas quem se importa?... É a Prefeitura quem vai pagar. Amanhã será outro prefeito, outro secretário, aí vendo outras máquinas, superfaturada também, por certo. Sou esperto, não sabes? Ensinaram-me a sê-lo. Preciso do dinheiro para pagar o Audi, para a reforma da cobertura, para o colégio particular dos meninos, afinal, eles precisam ficar espertos como o pai.

Desde quanto isso vem? Não sei. Talvez desde remotas eras, mas com substancial agravamento a partir do desenvolvimento capitalista, quando o “ter” é muito mais importante do que “ser”. Então era importante formar autômatos técnicos que saibam determinar a mais valia para alimentar o sistema.

E paguem mal aos professores. E não os incentivem. Afinal, eles nem precisam pensar e é bom que assim seja para não contaminar com vagas idéias de pensamentos aos alunos que só queremos para reproduzir a roda-viva do consumo em massa.

E rasguem-se os livros de filosofia e sepultem-se de vez os pensadores...

Mas há luz, ou pelo menos uma réstia, como no texto que transcrevo abaixo, escrito por uma professora do sul de Minas Gerais para um jornal de circulação regional. Embora publicado em 2007 este texto e o projeto nele referido continuam atuais e em desenvolvimento, tal como a necessidade de apoio de todos aqueles que ainda possuem alguma esperança no futuro do nosso país. Os nomes próprios constantes no texto original foram suprimidos, pois não possuo autorização para citá-los.

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Projeto “Estímulo À Leitura”

Sou professora excedente na Escola Estadual (...). Excedente significa que eu não sou habilitada em conteúdos específicos para lecionar nas turmas de 5ª à 8ª séries do ensino fundamental. Eu me formei em Pedagogia e algumas especializações, além do Lato Sensu em Docência no Ensino Superior.

Sendo excedente, estou fora da sala de aula. A Secretaria Estadual da Educação, a cada ano têm nos colocado em situações difíceis e até constrangedoras, desde a municipalização do ensino de Pré à 4ª séries. Disse no plural, porque não sou a única excedente em minha cidade.
Mas não vou entrar nesta seara ... pois quero falar do meu projeto de leitura.

Sendo assim, como recuperadora de alunos, resgatei a leitura na porta da sala. As antigas professoras alfabetizadoras lembrarão-se disso. Era comum “tomar leitura” dos alunos de 1ª série recém - alfabetizados.

Somando a necessidade de inserir os alunos de 4ª séries, recém-chegados da rede municipal para as 5 ª séries no novo ambiente escolar, elaborei o “Projeto Estímulo À Leitura”.
Primeiramente consultei os professores de Língua Portuguesa de 5ª séries, e também a direção da escola. Propus o trabalho, que era basicamente treinar a linguagem oral dos alunos.
Neste ano de 2007, no terceiro ano desta experiência, tanta coisa mudou... O estímulo à leitura cresceu, e as idéias também... Comecei a recortar leituras de livros didáticos velhos, fotocopiar histórias de revistas pedagógicas e emprestar para os alunos. Nasceu daí o “Levando uma história para casa”. Parti para revistas em quadrinhos, e alguns livrinhos das lojas de 1,99.
Percebi que os alunos que liam duas folhas no início, liam uma revista inteira mais adiante e também os pequenos livros... Não podia parar por aí e comecei a comprar livros de literatura infantil, faixa etária de 11 a 12 anos. Obviamente que a escola possui uma biblioteca com um bom acervo. Mas os alunos não têm o hábito da leitura e para convidá-los a visitar nossa biblioteca, eles precisavam de uma motivação mais específica. O aluno-leitor, que deixa a fase de leitor em processo, para leitor fluente interessa-se ainda pelo repertório anterior, somado às curiosidades pertinentes à idade.

Procurei então, comprar livros que eles chamam “da hora”. Ou seja, livros atraentes, com ilustrações, coloridos, etc..

Com o passar dos meses, estes leitores já não queriam mais somente as historinhas recortadas. Transformaram-se em leitores críticos, na busca de mais informações e novas leituras. O “Levando uma história para casa” tornou-se uma “Oficina de Leitura”, necessitada de patrocinadores, pois obviamente não poderia comprar tudo que pediam só com o patrocínio familiar, em especial, da minha querida irmã, (...). Enviei e-mails para editoras, encaminhando meu projeto junto ao pedido de doações de livros infanto-juvenis.

Daí vem meu mais profundo agradecimento a EDITORA FTD.
Foi a única editora que atendeu meu pedido de socorro, sem me perguntar se a escola iria comprar livros de literatura. Recebi telefonema de uma outra editora, ela só me mandaria uns três livros de literatura para apreciação se eu ou a escola nos comprometêssemos a fazer um pedido grande. Fiz um teste... mandei outro e-mail perguntando se eu comprasse alguns livros, se me enviariam sem gastar frete (para testar a sensibilidade e solidariedade deles). Sabem a resposta? Outro telefonema sugerindo-me para procurar as livrarias da cidade e encomendar através delas...

Gratíssima à Editora FTD de Belo Horizonte, através da visita exclusiva do divulgador (...) à escola.
(...)
Meu agradecimento profundo às colegas, professoras de Língua Portuguesa e direção da escola, que acreditaram neste projeto.

Minha decepção em não conseguir meu famoso “Pó de giz” (benefício de 20% no salário, exclusivo para regentes de sala de aula e projetos aprovados pela SEE, que me tiraria da excedência).

Minha profunda tristeza em não conseguir sensibilizar colegas da (...) SRE de minha cidade, onde trabalhei por mais de 15 anos, com relação à aprovação de meu projeto, isto poderia ser feito naturalmente pela equipe local, pois possuem autonomia suficiente para bem mais que isso. E além do que, 20% não cobre o que investi, de meu salário pessoal, para executar um projeto de leitura, de sucesso, visando retomar no aluno o prazer de ler, além de atender a carência literária, a caridade, enfim, o bem comum de uma comunidade escolar, sem fins lucrativos.

Se depender de mim, das professoras de Língua Portuguesa, dos alunos e da diretora com certeza estaremos no próximo ano dando continuidade ao projeto. Aguardemos, portanto, a chegada de 2008, quem sabe poderemos contar com uma doação sua, caro leitor do Jornal (...).
Revistas em quadrinhos e livros de literatura infanto-juvenil serão bem-vindos!
Professora Cristina
Outubro de 2007

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Esta Torre disponibiliza-se a ser um entreposto de contato. É o mínimo. São livros e revistas que ela pede. E nem precisam ser novos.

Contatos com a professora Cristina: knascha@hotmail.com
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15 comentários:

Retalhos disse...

Nosso sistema educacional público, nos deixa entristecidos. Meu querido, falar sobre ele, mobilizar-se por ele, é uma forma de luta , uma forma de reconhecimento pelo esforço de tantas Cristinas , que nosso Brasil possui.Parabéns. Sua Torre é algo que faltava . Abraço.

Anônimo disse...

Onde devo assinar?...rs
Concordo,concordo!
Não há nada mais belo que um texto escrito corretamente!
.
Beijos!
.
.

Géssica disse...

Fantástico texto!
Entendo plenamente a realidade que coloca aqui, pois também sou educadora da REDE ESTADUAL.
Mas sabe qual é o pior de tudo????
Independente do empenho do professor para ensinar seus alunos da melhor forma possível, como acontece com essa educadora que postou sobre o projeto dela, o Estado ainda insiste em dizer que toda culpa é do professor. E, eu questiono: será mesmo???? Não acredito que seja, pois na carência de materiais e verbas, muitas vezes, uso do meu dinheiro para ver meu trabalho funcionar, mesmo não tendo tantas condições para isso. Entretanto, vejo meu sacrifício valer a pena, quando percebo progresso no aprendizado dos meus alunos.
Contudo, entendo meus colegas que não fazem o mesmo. Pois, com o salário que temos, muitos não têm a mesma condição.
Poucos são os que compreendem o problema que passamos, a dificuldade que temos. Se nem mesmo o Governo quer ver isso, o que esperar dessas editoras que se recusam a ajudar, como foi citado pela colega acima??!!!
Realidade dura e triste!

Anônimo disse...

Cristina
Conheço seu trabalho de perto e só posso te parabenizar por esse projeto MARAVILHOSO, e te dizer que fico feliz em poder conhecer uma pessoa tão inteligente quanto voce.
Abraços
Kelly

Quasímodo disse...

Kokada;
Então perceba que o que ocorre não é exatamente uma falta de política educacional, mas uma política deliberada de falta de política educacional.
Isto não decorre apenas de uma vontade (ou falta dela) do governo atual ou do anterior, mas é inerente à ideologia dominante, seja ela qual for.
Quanto menos seres pensantes (falo aqui em seres pensantes, não em estudados e formados)menor será a contestação, mais docilmente serão manipulados e com maior eficiência reproduzirão o "Status Quo", pois é isso o que interessa.
Divertem-nos, de tempos em tempos com a pseudo democracia do voto onde pretensamente confrontamos uma "esquerda" e uma "direita" com todas as suas nuances intermediárias e não nos damos conta de que são duas faces da mesma moeda, cujo valor humanístico é zero. Esse valor humanístico zero é o que se quer que se reproduza nas escolas...
Lembro-me bem quando aboliram a Filosofia dos curriculos escolares de nível médio, passo importante, essa abolição, para a formação de seres robotizados.
Não se pode negar a disponibilização, pelo poder público, de alguns recursos como a distribuição de livros didáticos ou o aumento de vagas na rede pública. Mas basta um mínimo de visão crítica para entender que esses recursos são cartilhas ou meros manuais de formação em série de robôs programados. E então se afrouxam as exigências em vestibulares e outros processos seletivos para abrigar essa massa ignara, pois a ignorância precisa atingir a todos os níveis possíveis.
A publicação desta postagem não se deu apenas para valorizar a atitude corajosa e louvável da professora Cristina, mas para demonstrar a dificuldade que se tem para mudar esse quadro atual. E agora também me informas que desenvolves um projeto semelhante.
Imagino a dificuldade por que passam, pois estão, de certa forma, subvertendo a ordem estabelecida.
Quanto à falta de apoio das Editoras, é a mesma lógica. Livros e revistas, para elas, não são um instrumento de transmissão de conhecimento, mas uma mercadoria que precisa ser comercializada em massa e gerar lucros.

Ufa... extendi-me em demasia para um comentário...

Abraços.

Anônimo disse...

Primeiramente meus agradecimentos ao anfitrião deste blog pelas palavras verdadeiras sobre nossa educação. Sou a humilde autora deste projeto e posso garantir-lhes que ele ainda respira "esperanças" para o próximo ano. Neste ano de 2008 recebi apoio de alguns autores e vejam só até de editoras!
Ainda neccessito de doaçõesde revistas em quadrinhos, principalmente da Turma da MÔnica,que é preferido. Solicitei a equipe de Maurício de Sousa e a distribuidora de suas revistas, a editora Panini,mas sem sucesso.
Quem sabe alguém ligado a eles lê esta postagem ? Torço por isto...

Anônimo disse...

Este artigo, na verdade, mostra duas realidades com as quais nos deparamos: a intencional falta de política dedicada ao crescimento do cidadão através da educação e a resistência à aceitação desta situação através da ação. E o que parece ser um ato isolado de uma professora à qual nem se reconhece o direito de lecionar (o que vem a serr o professor?) tem o poder de crescer e se difundir e fazer germinar o interesse dos excluídos sobre o que os rodeia, não havendo melhor porta que via leitura.

Anônimo disse...

Esse trabalho é maravilhoso, o envolvimento e dedicação da professora Cristina é algo inexplicável..... qualquer um teria desistido com tantos "nãos" e descaso por parte de colegas, inclusive.
Parabéns, você sabe que sou sua fã...você é uma peça muito importante nesse quebra-cabeça que se chama "educar".
Um abraço, professora Eliana Salomon

Quasímodo disse...

Ao segundo Anônimo, que se deduz ser a professora Cristina:
Folgo em saber que o projeto está em andamento e avança. Isso, com certeza é fruto da tua persistência e luta.
Terei o maior prazer em publicar aqui o nome dos autores e das editoras que te apoiaram.
E pelas manifestações que li, há mais pessoas envolvidas em atividades semelhantes, mas talvez dispersas por este Brasil tão vasto... Deixo-te uma sugestão: que tal a fundação de um novo blog específico, onde se possa reunir todas essas pessoas e quem mais se agregar com o fim de troca de experiências e ajuda mútua?... É uma idéia. As editoras valorizarão mais, mercadológicamente, um blog que as cita como colaboradora, quanto mais difundido ele for. Pense nisso.

Aos demais Anônimos: Parece haver uma convergência de entendimento sobre o tema. Obrigado pela visita e comentários.

À Kokada, já respondi especificamente.

À amiga dos Retalhos e à Milly: Por bem conhecer-lhes, não esperava manifestação diferente.

Reforço a quem visitar a Torre. Há um endereço de e-mail da professora Cristina lá. Quem sabe um contato com ela não viabilize um gesto de doação de alguns exemplares que podem estar ocupando lugar no fundo de um baú, a mofar?...

Um abraço a todos...

uns... disse...

fiquei pensando sobre o que dizer com relação ao tema em evidência. nem tudo foi dito, no entanto, me sinto incapaz de acrescentar algo. tudo que consigo expressar é que tenho aqui um sentimento de impotência diante de uma situação que, claramente, mostra o descaso das autoridades. por outro lado, um forte sentimento de orgulho pelas atitudes de cristinas, géssicas, e tantas outras pessoas que de maneiras diversas contribuem p/ a melhoria do ensino. torço p/ que haja cada vez mais pessoas comprometidas com o futuro dessas crianças. de tudo, o mais importante não é o aprendizado em si, mas sim, o amor ao saber, que poderá desenvolver um espírito crítico. somente por meio do conhecimento é possível mudar uma nação.
parabéns ao anfitrião da torre pela exposição da questão.
parabéns à cristina, à kokada e a tantas outras com iniciativas semelhantes.

Lobo das Estepes disse...

Ao quasímodo, meus parabéns pelo artigo e pelo apoio dado na divulgação do projeto. À Cristina, que acompanho de perto na sua incansável luta meus sinceros parabéns! Eu talvez, mesmo já tendo sido professor por alguns períodos, nos meus tempos em terras gauchas, talvez não tivesse hoje, a garra que essa educadora tem.

Como disse a "uns olhos...", nem tudo foi dito, e cada um expressou o melhor que pôde do seu entender. Muitos outros certamente ainda irão aqui deixar sua opinião.

Da forma como vejo que as escolas são forçadas a lidar com o ensino, onde os alunos hoje sequer precisam saber escrever e ler, para serem aprovados, pois interessa ao governo apenas uma classificação melhor no IDH da ONU, é tendo um número maior de alfabetizados - é diferente, ter alunos que de fato sabem ler, interpretar o que leram, e escrevem bem, do ter alunos que mal lêem e nem sempre entendem o que leram, e rabiscam suas letras sem saber que sentido estão dando à escrita - é com louvor que vejo a iniciativa da Cristina, nessa quase anônima batalha por ter crianças que queiram aprender a ler e escrever. Ainda bem que com tantos nãos ouvidos ao longo desses anos, tem encontrado eco à sua voz, e o apoio de umas e outras.

Muitas vezes é emocionante ler algumas cartas de alunas e alunos que a ela se dirigem, agradecendo o esforço dela, e pedindo que não desista, pois o despertar do interesse dessas crianças, foi de alguma forma atingido.

Aqui e ali, vão surgindo os que de fato se interessam em querer realmente aprender a ler e a escrever.

Mas falta muito para que o objetivo seja atingido. A começar pela educação, esta deveria sempre começar em casa, e ser complementada com o ensino, na escola, mas jamais deveria o governo se arvorar no papel de educador e tampouco esperar da escola esse papel. À escola cabe ensinar, instruir, formar cidadãs e cidadãos, mas educar é papel primordial e fundamental da família e dos pais. Jamais do professor. Isso de há muito não interessa aos representantes do povo que apenas se intrometem onde não deviam, e deixam de cumprir seus papéis de administradores do sistema, de longe falido, não apenas o escolar - sempre chamado de educacional -, mas todos os demais que completam a estrutura social em que vivemos.

Cabe a nós todos levantarmos nossas vozes, para que professores não tenham que criar por sua própria conta o que cabe ao estado. Para que não se vejam forçados a tirar de seus parcos vencimentos, recursos para executarem seus projetos de ensino, quando o estado não está nem aí para as necessidades básicas da sociedade. Lembremos que parte dos recursos disponíveis deveriam ser destinados às finalidades determinadas constitucionalmente, mas são empregados em viagens, em projetos que somem nas gavetas, em obras inacabadas, ou obras mal executadas que consomem inúmeras vezes mais que seu orçamento original.

É esse o Brasil do fim do século XX e desse início de século.

"Fala-se tanto da necessidade de deixar um planeta melhor para os nossos filhos e, muitos se esquecem da urgência de deixar filhos melhores para o nosso planeta."

Quasímodo disse...

Caríssimo Lobo das Estepes;
Inicialmente quero dizer-te da minha imensa satisfação em encontrar-te novamente, depois de tantos anos.

Teu comentário mereceria estar na postagem principal, tal é a qualidade de tuas observações.

Concordo com o que dissestes e da necessidade de se acrescentar muito mais, complementando o comentário da também amiga Uns Olhos.

Limito-me hoje a esta análise básica: Se a educação deve começar em casa, quem serão os pais e mães do futuro se não esses mesmos meninos e meninas cujas mentes a professora Cristina está oportunizando abrir-se? Certemente esses meninos e meninas serão exemplarmente melhores pais e mães que os seus pais e mães o foram ou o são para eles.

Percebo a dimensão sociológica do projeto da Cristina. As sementes plantadas por ela se reproduzirão e se multiplicarão, sendo pois o contra-ponto ao destino obscuro que a dita "educação" oficialista nos impõe.

Fiel ao sub-título da tabuleta lá no alto, nesta luta estou totalmente engajado.

Um abraço, irmão.

Anônimo disse...

Boa noite quasímodo, professora Cristina, é com muito prazer e alegria, que aceitei o convite para vir contemplar os artigos que aqui foram postados.
Fiquei maravilhadamente renovada, feliz quando deparei com informações, fotos, ilustrações que contam sobre o trabalho do Projeto Estímulo Á Leitura,com oficina, realizados pela Cris, se me pemite carinhosamente chama-la desta forma, esta atitude é mais que importante, é vital para as nossas crianças brasileiras, que contam pouquissimo com os orgãos responsáveis, mas afinal nós tambem somos responsáveis, quando os adultos abandonam suas crianças, alguem tem que se responsabilizar por elas, porque a criança é indefesa por natureza, cabe aos adultos as atitudes, sei que cada um gosta de cuidar do seu "mundinho" as vezes imundinho, mas este não é o caso, a Professora Cristina tomou atitudes com muita competencia, eu sei que nosso país caminha para ao futuro porque nosso povo tem boa vontade, é solidário, criativo, gentil, caridoso, é por isto que pessoas como a Professora Cristina consegue realizar o seu projeto,
perseverando, Cris minha querida, parabens!!! pessoas como voce faz história, passam pela vida transformando,renovando, deixando raizes que podem frutificar na educação, em nossa cultura, pessoas que sigam seu exemplo de que com boa vontade e competencia, as autoridades nem fazem diferença, transformar é possível quando quem faz possue nobreza de carater. Parabens Cris, beijos.

Parabens!!! quasímodo, o tema aqui relatado, e tão belamente apresentado, comprova que pessoas de boa vontade investe o seu tempo de maneira produtiva.

Sensacional as narrações do tema A M' Boitatá foram apenas XII capítulos, tão interessantes que se fossem contados em outros tantos, eu os leria com interesse, amor e alegria.

Quanto as mudanças, oficiais, da lingua portuguesa, concordo contigo, faltou muito, nada se resolve desta forma, tem que haver debates, calma, lucidez, pesquisas, consultar academicos,a Academia, penso talvez que estas mudanças aconteceram desta forma porque nosso presidente tem certa aversão a educação formal, pode ser que as mudanças, vieram em um pacote pronto, coisas que justificam o descaso com a educação no Brasil.
Bom mesmo é saber que voce discute isto, parabens mais uma vez.
Obrigada por me deixar vir.
com carinho,
beijjos a todos voces.

Quasímodo disse...

Cla... Prazer enorme receber-te aqui. Obrigado pelas palavras carinhosas.

Volte sempre... As portas da Torre estarão sempre abertas para ti.

Anônimo disse...

ola

voltei para dizer que a originalidade do seu blog me agrada muito...continue.


Muitas felicidades

carla

http://www.arte-e-ponto.blogspot.com

 
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