domingo, 28 de dezembro de 2008

Retrospectiva 2008




Se a Globo pode, a Torre também “pooode”, oras. Só não terá Roberto Carlos a cantar músicas milenares. Nem Simone anazalando corredores de Shopping Centers... “...entahum é natahum...”

Mas vamos lá...

2008 iniciou normal, medíocre até. As férias a que teria direito troquei por vinte e quatro dias em que fiquei em Passo Fundo, dando atenção e cuidados à mamãe no Hospital São Vicente de Paulo. Ela, a mamãe, não o santo nem as férias, havia quebrado o fêmur ao tentar pular uma cerca de arame farpado lá no interior de Lagoa Vermelha, no distrito de Santa Luzia. Isso foi em Novembro de 2007. A velhinha é danada. Um exemplo de vida, lucidez e bondade. E osteoporose. Mas não sossega.

E assim seguiu o ano de 2008 até o dia 5 de maio, melhor, a noite, mais precisamente por volta das 20 horas.

Eu voltava para casa, depois de visitas a clientes e de ter passado no bar do “Seu” Antônio e comprado uma garrafa de cerveja que pretendia tomar mais tarde, depois da janta, em frente à TV, assistindo a um jogo de futebol que não lembro qual.

Num cruzamento, um moço armado com um Chevette, manobrou indevidamente à esquerda e atingiu-me em cheio, bem debaixo do farol. Resultado: esmigalhou-me a perna esquerda. Ah, eu pilotava uma possante motocicleta Honda Titan, 125 cc, ano 1998. (A cor importa?... vermelha).

Além da perna, os danos materiais foram de pequena monta. Está escrito no Boletim de Ocorrência, que guardo comigo: “danos materiais de pequena monta”. A clavícula que havia quebrado dois anos antes, num acidente na estrada, desta vez nada sofreu. A cerveja Colônia permaneceu intacta no bagageiro. Acidente besta. Mas prensou a perna entre o pára-choques do carro e o motorzinho da moto. Na perna o estrago foi grande.

No hospital, onde permaneci por uns dias, enquanto o doutor Adriano tentava encaixar as pecinhas de ossos, como num quebra-cabeça infantil, lembrei-me do que alguns colegas diziam, quando eu tentava racionalizar problemas comuns do trabalho... “ele ri até de fratura exposta”... Não contava com tanta literalidade.

A partir desse episódio, minha vida tomou novo rumo. Um acidente não quebra-nos os ossos somente. Quebra-nos a rotina, os planos e a conta bancária. Quebra-nos também os paradigmas e preconceitos.

Serviu para que eu enxergasse e sentisse humanidade em pessoas que antes olhava com distanciamento. Aqueles chefes, antes inacessíveis, onipresentes e onipotentes, semideuses imaginados num pedestal dourado, não passavam mesmo disso: imaginação minha. Foram extremamente amigos e solidários. Extrapolaram, em muito, suas obrigações legais e a relação trabalhista formal.

Passei o inverno cheio de pinos. Parecia uma antena de TV, daquelas antigas, que se armava em cima das casas. Era difícil dormir. As cobertas enroscavam nos parafusos, que não eram pequenos.

Entre os jogos da Eurocopa, em que torci freneticamente por Portugal do Felipão, vinha para a frente do PC. Estreitei laços com pessoas que conhecia superficialmente da sala A do Chat Terra-Idades. Imensas virtudes e bondade encontrei ali. Não citarei nomes, mas foram tantos. Fui à luta, inscrevi-me em cursos on-line que há muito tempo queria fazer e que, pelo açodamento do dia a dia, considerava irrealizável.

Uma amiga em especial, dentre tantos que ficaram ao meu lado durante esse período difícil, intimou-me (é esse o termo) a criar uma página na net. A virtualidade é relativa.

Relutei inicialmente, mas daí se começou a erigir-se a Torre. Letras da Torre. Quasímodo ganhou forma, ou disforma. Juca Melena nasceu já gaúcho guapo e crescido. Krika integrou-se mais tarde, trazendo seu magnífico projeto de estímulo à leitura.

Em Portugal e demais países de língua portuguesa consolidavam-se o MIL – Movimento Internacional Lusófono e a revista Nova Águia, a que muito conscientemente aderi.

O ano de 2008 foi bom por tudo isso. E eis que chegam as festas de Natal. O que se prenunciava como um dia nostálgico e solitário, transformou-se numa romaria de afetos. Pela manhã, colegas. À tarde veio minha irmã e meu sobrinho, que há anos eu não via.

Dia 26 fui à perícia médica que haviam marcado para as 10 horas da manhã. Reconheceram finalmente meu direito de receber dois meses de salário-acidente que me haviam suspendido inexplicavelmente, deixando-me à míngua. Burocracias.

À tarde chegou o carteiro trazendo-me os dois números da revista Nova Águia publicadas em 2008, gentilmente enviados de Lisboa pela querida amiga Alma Lusa – Luzia. As edições são semestrais. Magnífica prenda, amiga Lusa.

2009 surge no horizonte trazendo boas perspectivas. Dia 21 de janeiro está marcada uma nova revisão na perna, radiografias e o escambau. Dependendo dos resultados, talvez removam o gesso. Estou com saudades de vê-la nua. No ombro, onde residem a mais tempo sete parafusos e uma placa de platina, não irei mexer. Não incomodam, salvo quando se anuncia chuvas ou
quando tento passar pela porta giratória do banco. Apita.

Que venha o ano novo com força, com tudo o que ele tenha de direito.

Meus pedidos são simples. Saúde aos amigos e amigas, e que tudo o que o ano de 2009 me trouxer, me sirva para me fazer um ser humano melhor.

Na próxima publicação, a Torre retomará a história dos balseiros do rio Uruguai.
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O HÁBITO SAUDÁVEL DA LEITURA


Transcrevo as mensagens que os alunos deixaram no encerramento do ano letivo de 2008. Foram colocadas no mural da Oficina.
Os numerais após os nomes correspondem aos números das salas de aulas.

Oficina me facilitou a ler e conversar; J. Paulo - 7
Se todas as escolas tivessem um projeto legal assim o Brasil seria um país de leitores; Fabrício - 12
Ficarei com saudades; Luan Pereira - 7
Muito obrigado pela educação e carinho que você nos trata; Brener - 7
Seu trabalho é muito importante para nossa escola, pois nos incentiva a ler cada vez mais e sempre que passamos em frente daquela salinha, toda decorada, dá vontade de parar e observar as novidades. Parabéns! Alana - 9
A Oficina é linda, bem enfeitada; Leonardo -12
Que ela seja sempre assim. Bonita e bem decorada; Nayara - 7
Gosto da decoração; Pietra -12
Nós agradecemos a sua paciência conosco. Obrigado; Alisson - 9
Você me faz melhorar muito; Gabriely -12
Que Deus abençoe muito a Oficina e que todas as crianças tenham interesse em ler; Ana Flávia - 11
Trabalhe bastante e chame muitas pessoas para a leitura; Gabriel Prado -12
Quero que a oficina cresça cada dia mais porque ela é muito boa; Isla - 9
Lendo estou aprendendo; Fernanda -12
Aí dentro é super legal, tantos livros e revistinhas que não dá pra escolher um só.Super fantástico!Continue assim! Welerson-12
O que você faz é muito legal, pois existem alunos que estavam precisando... Eu achava que minha leitura era boa, e agora, com certeza melhorou mais. Eu queria que tivesse o ano que vem; Micaela - 8
Obrigado por estimular as mentes das crianças para a alfabetização; Renan - 10
Oficina é espetacular! Joelen - 11
Muito obrigado pelos seus livros, continue assim; Lucas - 7
Nunca desista; J.Paulo -12
O poder da leitura transforma sua vida em contos de fadas; Karen - 10
Seja feliz não importa o que aconteça; Wellington -12
Espero que você continue aqui na escola por muito e muitos anos. Este projeto é lindo e ajuda muito. Obrigado; Rômulo -12
É muito legal, mas ao invés de ser nas aulas de Português. Poderia ser de manhã ou no dia de 4 aulas; Ana Luiza -12
Você foi e sempre será a melhor professora de leitura. Adorei seus textos e estímulos. Você é a heroína da leitura. Obrigada; Elizandra - 10
Obrigado, não é toda escola que tem; Thales - 11
Espero que Oficina fique melhor do que é hoje; Andressa - 11
Ajudou-me muito neste ano e espero que ajude assim no próximo ano; Vilian – 7
Que a Oficina continue, porque assim vamos para a frente; André, Rafael -11
A Oficina jamais deveria parar de funcionar, nem por nenhum motivo ! Alisson -10
Continue sempre assim, cheia de novidades e que Deus te ilumine muito; Taynara Santos - 7
Eu quero agradecer porque este projeto me ajudou a me comunicar com as pessoas; Mayara -11
Eu acho a Oficina sensacional, pois nos ajuda a ler e também a entender; Rafaela- 11
A leitura é fundamental para a vida; Luma – 10
Deixo meu muito obrigado por tudo que tem feito pela minha leitura; Mariana -11
Oficina maravilhosa e especial, continue assim; Elizandra - 7
Obrigado pela sua dedicação; P.Maurício - 11
A Oficina nos atende com muito carinho ,capricho, dedicação e companheirismo, para aprendermos outros tipos de leituras;Thales - 10
Que legal, a Oficina é o máximo, e adoro o mural; Débora - 10
Oficina eu lhe agradeço por existir; Ana Carolina - 7
Espero que continue sempre esta gostosura! Ana Carolina - 11
Obrigado por ajudar na minha leitura; Luciano - 11
Eu agradeço por você fazer a Oficina; Dagmar - 7
Eu adoro tudo que tem lá, os livros, homenagens, letreiros, etc; Thiago H.-11
Adoro a Oficina, ela nos faz viajar no tempo; Camila-11
Eu gosto de ir lá, a professora é legal e gosto de todos os livros, cada um mais divertido que o outro; Jéssica- 7
Legal as oportunidades e criatividades da Oficina; Tainá-11
Oficina bonita e caprichosa! Wellen - 7
Muito obrigada, você nos ajudou muito e que um dia você possa ganhar cosias boas para pagar o que você faz pra gente; Patrícia Pires - 11
Que seu trabalho dure para sempre; Agda - 8
Eu quero agradecer porque este projeto me ajudou a me comunicar com as pessoas; Muito legal. O próprio nome já diz, que é um estímulo para lermos mais; Mayara - 11
Ajudou-me em todas as matérias; J.P.Angeli - 7
Foi muito bom porque eu aprendi a ler melhor; Matheus11, Gabriely, Franthesco, Leonardo - 12
Porque a gente melhora na leitura; Fernanda, Pietra, Thaynara, Verônica - 12, P.Henrique - 7
Ajuda a desenvolver e estimular à leitura; Larissa-12, Ana Carolina - 11
Muito bom porque quando a gente fizer teatro tem que saber ler bem; Luan Pereira - 7
È o máximo! Por mim eu ficaria o resto da minha vida lendo coisas interessantes; Isabella - 8
È muito legal, pois depois da leitura a gente vê se entendeu ou não; Patrícia Mirian - 11
...E tem um monte de sugestões de livros pra levar para casa!; J. Paulo - 12
Melhorei muito e fiz muitas receitas com as revistas de culinária; Rômulo - 12
A Oficina é uma chance de conseguirmos ter responsabilidade com os livros; Isa Dhara - 8
A pessoa, cada vez mais gosta de ler; Fabiana - 11
Interessante e legal, pois desperta o interesse de todos; Liliane - 11
O que tem de mais legal na escola é a Oficina; Gisele - 8
Ajuda a desempenhar a leitura cada vez mais; Thais - 11
Eu melhorei muito, mas tenho mais a melhorar, prefiro ir mais vezes lá...; Migue l - 12
Eu gostei muito, mas foi muito pouco. Tinha que ser uma aula só de leitura; Eliel - 8
Queria que me chamasse mais vezes e que tivesse uma aula só de leitura; Jonatan - 8
Legal porque temos nossas descobertas. Eu adorei, pena que não posso emprestar livros no ano que vem; Rafaeli - 8
Gosto de tudo e queria que continuasse em todos as salas; Natã - 8
Este projeto ajuda a quem tem dificuldade com a leitura; André - 11
Muito bom, pois não ajuda só a gente, mas nossa família também,porque a gente leva para casa e eles também lêem;Patrícia Pires - 11
A leitura é tudo!; Thales - 11
Dá a oportunidade de conhecer vários tipos de histórias; Marcos - 11
Legal porque ao longo do tempo as pessoas aprendem a ler e interpretar melhor; Thiago H. - 11
Ótimo! Porque quem não gosta de ler aprende a gostar; Camila - 11
Ótimo pois ajuda aos que não se interessavam antes;Tainá - 11
A gente aprende bem melhor, queria que tivesse ano que vem; Taynara Ingrid -7, Mariane - 12
Muito bom para incentivar e treinar a leitura; Tainara Lima - 7
Bom, pois estimula na leitura e no português; Geovane , Thais - 12 J.Paulo - 11
A gente se diverte, eu gostei muito; Jéssica; Caio - 7
Importante para estimular a fazer resenhas; Rafaela - 11
Legal e deveria ficar assim todos os anos; Ana Carolina - 7
Ajuda a aprender e descobrir muitas curiosidades; Sarah - 11
Ajudou bastante!Wellen - 7
Gostei bastante porque ajuda os alunos a se desenvolverem na sala de aula; Renan-10, Nayara - 7
Aprendemos muita coisa interessante; Thales - 10
Bom e ajuda no aprendizado; Vilian - 7
Com certeza nos ajudou muito, nos inspira a ler mais; Bianca, Alisson - 10
Ajuda a ler mais e mais. Quem sabe mais ou menos aprende, nos ajuda a pensar, divertido e gostoso, pois raciocinamos as coisas de outra maneira desenvolve mais na leitura; Natalia, Elizandra, Luma, Karen ,Melissa, Ramon - 10

Agradeço a todos os alunos que entenderam a proposta, de ler, divertindo-se.
Desejo que vocês continuem lendo cada vez mais e que lembrem com carinho desta pequena Oficina.

Krika pediu-me que acrescentasse um comentário. Eu pergunto: e precisa?...

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33 comentários:

Anônimo disse...

Retrospectivas de vida , são pedaços que vamos dando a devida importância.
Bela iniciativa
Me vi , ( num tiquinho ) dela.
Abraço de carinho , amigo das antenas e dos pinos, ah....e das letras lindas!
2009 , será o ano !
Beijos meus

M A R I Z A disse...

Boa tarde Quasímodo hoje passei por aqui porque a saudades apertou e aqui sabia que te encontraria. Então meu querido amigo cá estou pra te abraçar e dizer que me faz uma falta danada.
Um abraço

Anônimo disse...

Ah,traga um lenço...borrei minha maquiagem!
Sério!
Senti tuas dores...não só a física...
Sabia delas,mas,contadas assim...com tanta leveza e de forma tão,tão...me fez chorar.
Qdo eu te perguntava "Como estás?" e tua respondias "Tô melhorando!",sentia teu desejo de não deixar a peteca cair...e isto me dava uma força danada,sabias?
Teu ânimo me erguia,qdo eu achava que nada mais tinha jeito...
Obrigada!
Sei que não percebeste (eu escondo bem...rs)mas,os lugares foram trocados...tu me deste força!
Tudo de bom pra ti,em 2009!
Será um ano maravilhoso,verás!!
Teus colegas vão implorar pra que fiques em casa...hehehe
Preciso agradecer a Lu,por ter feito as apresentações...rs
Achas que ela se contentará com uma junta de bois como presente?..rs
Vou chamá-los de "Estrelo e Mimoso"...meu avó tinha bois com este nome...rss
Bora tomar café com Lu...ela fez Bolo de milho!
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Adoro teu jeito de contar os causos...adoro!
Feliz Ano Novo,amigo querido!
Beijos!!
.
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krika disse...

Depois desta retrospectiva tão singela e muitos meses de dor pelo acidente, acredito que meu amigo esteja prontinho para festejar sucessos pelo ano de 2009. Ele merece,não?
Gratíssima pela sua amizade, pelo seu apoio e principalmente pela sua esperança de um mundo melhor.
Suas histórias são por demais cheias de regionalismo,muito chimarrão,sentimentos e verdades absolutas.
Saiba que ,para nós da região Sudeste, estas histórias são verdadeiras pérolas e a cada postagem conhecemos mais um tiquinho de seu Rio Grande e de todo Sul do país.
Que venha 2009!
Sempre,
krikita

AGLAÉ GIL DA SILVA disse...

Olá, Quasímodo!

Saúde, saúde
Muita, "pra dar e vender"
é o que queremos todos nós
e é o meu desejo para você
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gostei demais da referência à Oficina... fiz durante muitos anos um trabalho parecido de foi muito gratificante
.
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é muito bom ver/sentir o quanto a leitura influencia, enriquece a vida de nossos jovens [de todos nós]
.
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este seu espaço é mesmo muito bom!
abraços

Gata de Rua disse...

Não sabia, falamos pouco...doeu!
Mas, passou! Tua dor foi física, a mim, atropelaram a alma.Mas, vamos curar, a se vamos!
Um genio da propaganda escreveu, e eu copiei...( olha, dificil, eu copiar) Em 2000 "inove", e continue sendo essa pessoa "gente bonita", que aprendi a admirar.
Com muito carinho, Maria (Filó) Helena.

krika disse...

Aglaé,
Oficina é super gratificante.
Basta ter boa vontade e arregaçar as mangas...
Poxa, Filó..não sabia que vc é a gata de rua....Vc é a filosoficamente da sala A,creio...Também esta história de variar nicks dá nisso....Beijos,prazer em vê-la aqui..

Anônimo disse...

Querido amigo secreto que há mto nao vejo e nem falo.
Até pq tenho estado longe de nossa salinha.
Li tua retrospectiva e te confesso, nao tem como a gente nao se emocionar.
Mas, confia, que janeiro está chegando e certamente te verás livre desse gesso e finalmente poderás vê-la NUA (adorei essa)!! O nu sempre é bom, né???
Uma feliz idéia esta de fazerem tantas lindas letrinhas, de Krika, já sabia o dom, mas confesso que de ti , nem idéia tinha de saberes colocá-las tão bem....PARABÉNS!
Quero ainda te desejar um feliz e abençoado ano novo, (sempre o velho e batido chavão), mas diante de tudo isto q passaste, é o mínimo que posso recomendar, junto às bênçãos de Papi do Céu quem nunca nos abandona.
Beijos meu lindo!
Letici@-rs

Anônimo disse...

Pozóia vizinho, lá na salinha eu sempre falava da minha vaquinha, ocê lembra? Entonces, dizia eu: Mimosa tem me ensinado muito. E biservo que por onde ela passa, tem deixado rastro de bosta...Mas, ela é irracional...


Caro amigo, em todo esse tempo de reclusão, fostes uma fortaleza. O bom humor que manteve, mesmo nas horas de dor e nos momentos de apreensão que antecediam a mais uma cirurgia, me fizeram admirá-lo e a dizer a você: Que bom que cruzou meu caminho!

Bons fluídos e grandes inspirações a equipe da torre. Que as letras da torre contenham em sua essência sabedoria. Inspirem seres a serem solidários, que tragam alegrias, respostas e alento. Um sustento para sede do saber.


Um 2009 pleno!
Beijo!

Anônimo disse...

Emocionou Milly? foi?
Ó...És uma das criaturas, que mais me trouxe alegria, prazer em conviver e que tenho a imensa alegria de chamar de "Minha amiga"!!!
Um abraço, do tamanho do Rio Grande!

( hahahaha, agora ela me mata)

Anônimo disse...

Quanto mais me atingem as palavras, mas difícil me é comentá-las, mas aqui vai o que me impera dizer:

Algures num de dia 2008, encontrei-te na sala e a tua curiosidade acerca de uma aldeia que eu própria nem sabia existir, fez desplotar o meu imenso orgulho luso.

Será sempre Figueiredo das Donas, a grande responsável pelo nosso encontro... um dia, saber-lhe-ei prestar a minha homenagem!

Daí para a frente, a tua generosidade fez-se sentir ao saber aturar o meu insuportável patriotismo, a minha insaciável curiosidade, a minha imensa tagarelice, o meu egoísmo inexorável...

Ao fazer, eu mesma, um balanço do que foi o meu ano de 2008, eu não poderei omitir nunca pessoas que como tu, que me demonstraram que felicidade se pode conjugar com o verbo estar em vez do verbo ser.

Neste mesmo balanço, eu não posso esquecer-me das lições de coragem que aprendi contigo. Não posso também relevar o respeito e a doçura com que sempre me acolheste.

Em suma, não posso negar o sentimento forte que trago por ti... Amizade é o seu nome. Obrigada por mo teres sabido mostrar.

E porque sou muito mais de actos do que de palavras (especialmente quando elas impõem que a minha emocão prevaleça sobre aquele ser racionalão que sou, rs), por aqui me fico!!!

O prazer em enviar-te as revistas, foi muito maior para mim do que aquele que possas julgar... junto com o pacote, foi todo o meu orgulho na minha pátria, na minha língua, na minha cultura, nas minhas gentes que afinal somos todos nós: A Comunidade Lusófona - nada somos, nem seremos uns sem os outros... Este é o Quinto Império que falta erguer, este é o meu Portugal que falta cumprir-se...

Desejo-te do mais profundo do meu ser, que o ano de 2009 seja AQUELE ano!!! Desejo-te um Novo Ano tão maravilhoso como aquele que eu quero para mim!

Enfim... a dor é inevitável, o sofrimento é opcional... obrigada por me teres ensinado isto também!

Um abraço do tamanho de um Oceano imenso que jamais separará almas que se querem bem...

Luzia

Anônimo disse...

Ao que pesquisei, esta é a mais antiga poesia escrita em língua portuguesa... quis a ironia que ela fosse sobre Figueiredo das Donas... o autor é um tal de D. Guestu Ansur...





"No figueiral figueiredo

a no figueiral entrey,

seis ninas encontrara

seis ninas encontrey,

para ellas andara

para ellas andey,

lhorando as achara

lhorando as achey,

logo lhes pescudara

logo lhes pescudey,

quem las maltratara

y a tão mala ley.

No figueiral figueiredo

a no figueiral entrei,

Vma repricara

infançon nom sey

mal ouuesse la terra

que tene o mal Rey

seu las armas vsara

y a mim sse nom sey.

Se hombre a mim leuara

de tão mala ley,

A Deos vos vayades

Garçom ca nom sey

se onde me falades

mais vos falarei

No figueiral figueiredo

a no figueiral entrei.

Eu lhe repricara

amim sse nom irey,

ca olhos dessa cara

caros los comprarei,

a las longas terras

entras vos me irey,

las compridas vias

eu las andarei,

lingoa de arauias

eu las falarei.

Mouros se me vissem

eu los matarei.

No figueiral figueiredo

a no figueiral entrey.

Mouro que las goarda

cerca lo achei,

mal la ameaçara

eu mal me anogei,

troncom desgalhara

troncom desgalhei,

todolos machucara

todolos machuquei,

las ninas furtara

las ninas furtei,

la que a mim falara

nalma la chantei.

No figueiral figueiredo

a no figueiral entrei"


Com carinho,

Luzia

Quasímodo disse...

Menina dos Retalhos;
Bem sabes que muito há de ti, não só na Retrospectiva de 2008, mas de há muito tempo mais.
Que venha 2009, com tudo que ele tenha de direito, inclusive a manutenção de meu carinho por ti, e o estreitamento de nossos laços de amizade e afeto.
Beijos.

Quasímodo disse...

Mariza (com “z”)
Também por aqui a saudade aperta. O tempo ainda é nosso algoz.
Faz-me falta, também, a tua companhia amiga naquelas noites frias. A tua, do Nestor e do Arthur...
Lembra-te que ainda temos um desafio histórico a cumprir. Eu não esqueci, e estou a decifrar hieróglifos...
Abraços, amiga.

Quasímodo disse...

Milly;
Vejas como as coisas são, e que nada acontece por acaso. Se de alguma forma dei-te forças, já não terão sido por acaso as fraturas.
Que possamos estar juntos novamente em 2009!
Cuidarei para quebrar ossos menores, como a falange do mindinho.
Quanto ao presente à nossa amiga, creio que ela ficará feliz, vindo de ti. Se bem que Juca está disposto a presentear-lhe com uma tropilha gorda e uma ponta de invernada.
Ela merece.
Feliz Ano Novo, amiga.
Beijos.

Quasímodo disse...

Krikita, Parceira!
Muito do que a Torre é hoje, deve-se também a ti.
Krika e o Projeto de Estímulo à Leitura vieram preencher uma lacuna que havia entre a (pretensa) erudição de Quasímodo e o sotaque gaúcho e regionalista de Juca Melena.
Ambos têm um papel a cumprir. Quasímodo a abordagem universalista dos fatos. Juca tem a missão de divulgar a formação cultural, a tradição e a história de um povo, em seu próprio linguajar, de uma forma tal que, quem o lê, sendo de outras terras, perceba que há uma diferença grande entre a realidade regional e o estereótipo que muitas vezes lhes passam através da mídia. (Leia-se Globo e o infeliz quadro do programa Casseta e Planeta, mas não só por isso).
Krika nos apresenta o trabalho árduo de hoje, para que tenhamos, amanhã, maior respeito pela nossa diversidade cultural.
Acho que falei mais de ti, do que para ti, amiga.
Então que venha 2009, não sempre, mas pelos 365 dias que lhe pertence. Depois que venham 2010, 11, 12, 13...
Abraços, amiga.

Quasímodo disse...

Aglaé;
Saúde, saúde, muita. O resto a gente corre (sic) atrás.
Prazer grande em ler-te por aqui. Tenho te acompanhado através de amigas em comum.
A Oficina é um seguimento, uma continuidade de um trabalho que já vem de anos. Em postagens anteriores da Torre, poderás acompanhar um pouco de seu desenvolvimento. A Torre engajou-se nele.
Se possível, integra-te a ele, amiga, a nós. Tenho certeza que terás muito a contribuir.
Abraços.

Quasímodo disse...

Gata Filó;
Não sei dizer qual dor é maior. Senti-as ambas. Mas asseguro-te amiga, quanto maior ela tenha sido mais fortes estaremos para outros embates que certamente virão.
Que em 2000 “inovemos”. Isso não copiei. O que copiei foi “...sou tão insano que me permito coeso...”
Carinho, amiga.

Quasímodo disse...

Letícia, querida Lets...
Perdemos contato, né?
Também eu estou a dever presença na salinha, onde tantos amigos encontrei e reguei.
Obrigado pelos elogios, os quais, ao que me cabe, considero imerecidos.
Apareça sempre. A cada semana temos novidades.
Abençoado seja para ti o ano, o novo, o adolescente, o adulto, e o ancião, quando Dezembro chegar novamente.
Beijos, linda.

Quasímodo disse...

Prima, ah prima de tantos encantos;
De fato, as apreensões eram inevitáveis. Deixei-as transparecer, não foi?...
Mesmo assim, nessas horas estavas lá, ensinando-me os passos da dança do brete.
Discordo de uma coisa: não cruzamos os caminhos. Andastes a meu lado.
Obrigado de coração, amiga.
Beijo.

Quasímodo disse...

Doce Lusa – Luzia;
Inda bem que escrevo; se falasse, embargar-me-ia a oralidade. E mesmo escrevendo, faltam-me palavras, por mais que as busque. Assim sendo, nenhum contra-comentário farei em relação à primeira parte.
--
Pelo que se sabe, esta é a mais antiga poesia escrita em língua portuguesa, sim. Ela refere-se a uma das mais belas lendas portuguesas, ocorrida por volta do ano 783, pela qual consta que os mouros, de cultura muçulmana, invadiram a Península Ibérica, onde hoje se localiza Portugal e Espanha, e dominaram toda a região. Como tributo de conquista, o Kalifa, rei de Córdova (Espanha), passou a exigir do vencido Mauregato, Rei de Leão, um tributo de 100 donzelas anuais. Inconformados com essa absurda exigência por terem formação cristã, os fidalgos e o próprio povo ibérico ofereciam resistência toda vez que os mouros passavam para cobrar as mulheres, mas sempre eram vencidos.
Numa dessas ocasiões, os mouros conduziam seis donzelas para o kalifa e, quando passavam por um figueiredo (ou figueiral) localizado próximo a Viseu, o fidalgo Goesto Ansur, que se encontrava por ali caçando, investiu contra os muçulmanos e, depois de esgotada a munição, armou-se com um pesado galho de figueira, vencendo-os e restituindo as mulheres à liberdade.
Depois de expulsos os árabes da península como homenagem por aquele ato de bravura, o fidalgo foi agraciado com o sobrenome de FIGUEIREDO com direito a Brasão de Armas.
Também a localidade onde o fato aconteceu passou a chamar-se Figueiredo das Donas, nome que permanece ainda hoje, localizada na comarca de Viseu, em Portugal. Por extensão, todos os moradores daquela localidade passaram a assinar-se “de Figueiredo” que significava “procedente ou originário de”. Assim, além daquele conferido a Goesto Ansur, o sobrenome Figueiredo passou a ter significado geográfico, alcançado a todos os habitantes daquela localidade.
Goesto Ansur (para alguns Guesto), o fidalgo autor dos versos que transcreves, desposou uma das jovens que libertara aos mouros.
Eis porque ele canta: “...la a que a mim falara, nalma la chantei...”
Não creio terem sido o lugar ou a aldeia de Figueiredo das Donas, nem meu interesse toponímico, as razões de nosso encontro.
Foram convergências de alma.
Carinho.

Anônimo disse...

há uma borboleta que sobrevoa esse local pelo simples prazer de recolher o nectar que aqui depositam em forma de letrinhas.

beijos

Quasímodo disse...

Hoje respondi aos comentários de todos os que postaram nesta publicação. Meu carinho se estende aos amigos e amigas que comentaram nas postagens anteriores. Aos que leram. Aos que visitaram a Torre. Aos que incentivaram à mim e à Krika através de telefonemas e e-mails.
Um carinho especial à amiga Anne. Ela deu formato à Torre. Embelezou-a com seu acurado bom gosto.
Abraço a todos

Quasímodo disse...

Sherazade...

Também viestes... Sei que sempre vens. Sinto o roçar das suas asas coloridas, da sua presença, da sua luz.

Obrigado. querida.

Farei de tudo para que a Torre mereça tua visita, teu bem estar por aqui.

Beijos, muitos.

Anônimo disse...

eis que tudo se fez novo pela transformação do Espírito.

renovação de esperanças, desejos que desabrocham...

o amor está no ar!

sinto-o na leve brisa que toca o meu ser.

minha alma está feliz e agradecida.

amo você!

Anônimo disse...

Prima...sabes que sou bairrista...rss
Só não digo umas verdades,pq a mãe ensinou-me que não devo fazer bagunça na casa dos outros..rss
Bem,estás perdoada..pq o dono da casa é gaúcho...só por isto eu relevo..rss
Coisa mais amor!
Te considero uma amiga tbém...daquelas especiais...
Muitos beijos!
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Anônimo disse...

Acho que caiu a ficha agora...
A Krika é a mesma Krika da sala A?
Já teclamos umas vezes,não foi,Krika?
Feliz Ano Novo,pra ti..e teus familiares!
Beijos!
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Anônimo disse...

Amiguinho,só não quebre o dedo do palavrão...pq este é de grande utilidade,naqueles momentos em que nenhum argumento faz mais efeito..rss
Cuide-se!!
Tudo de bom pra ti!
Beijos!!
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Géssica disse...

Passando por aqui também. Adorei essa postagem, pude conhecer um pouco mais sobre o caro Quasímodo.

krika disse...

Milly...caiu a ficha?
Sabe...nós com esta mania de trocarmos nicks dá nisso....nos perdemos d evez em quando... De fato, permaneço neste nick a uma década, acredita?Também frequento a sala A,desde o tempo do famoso zaz,onde era permitido apenas 20 pessoas...Muita coisa mudou. Já não sou tão frequente por lá,aliás,sinto falta daquela época onde existiam"anônimos" inconvenientes sim,mas não com tanta agressividade como agora...
Ainda bem que criaram este espaço maravilhoso,não? Quando der voltarei pela salinha. Beijos. Obrigada pela visita. Feliz 2009

Anônimo disse...

__"estou com saudades de vê-la nua".__
eis que a nudez se fez presente!
basta ter paciência e confiar que o Senhor todo poderoso ouve as nossas preces, conhece as nossas necessidades e age a nosso favor. e assim, no momento certo, aquilo que desejamos nos acontece.
só precisamos nos entregar a Ele, pedir que seja feita a Sua vontade e deixar que Ele cuide de tudo.
dando voos acrobáticos de tanta alegria por você.
beijos

lucia disse...

Boa dia... gostaria de saber quem é o autor desta fotografia? seria possível, obrigada

Quasímodo disse...

Lúcia...

Na verdade não são fotos. São imagens artísticas.

A imagem do Quasímodo, por exemplo, (aquela sombra aparentemente ameaçadora) foi obtida em um site de imagens de uso livre, e que editei em alguns detalhes. A do Juca Melena, foi me enviada por uma amiga, obtida no google. A do abraço do livro e da moça, me foi enviada, juntamente com o texto, pela amiga e colaboradora Krika, mas que também se encontra em sites de imagens de uso livre, pois à vi publicada em outros blogs.

Sinceramente não sei e não me lembro dos autores, pois já se passaram anos, e, por mais que eu buscasse para restituir os seus devidos créditos, não encontrei.

Desculpe a demora em responder-te, mas estava, mesmo em busca das orígens dessas imagens. Se a amiga tiver alguma pista, gostaria muito de divulgar aqui.

Um abraço.

 
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