segunda-feira, 25 de abril de 2011

O Índio Penhái - Restaurado


Está concluído o trabalho de restauração digital do livro “O Índio Penhái” de autoria do sertanista Horácio Nogueira.

Publicado em 1953 pela Livraria Independente Editora, de São Paulo o livro conta, nas suas 207 páginas, a história de um índio caingangue do sul do Brasil, que teve a sua tribo dizimada por bugreiros brancos, na visão de Canabrava, um engenheiro sertanista que seria, ao cabo e por dedução lógica, o próprio autor.

Quando da realização de um trabalho similar para o livro “Na Trilha do Grillo... através das selvas”, publicado em 1927 pelos Irmãos Ferraz Editores, o mesmo autor prenunciava o lançamento de um novo livro que deveria intitular-se “Sombras de Bandeirantes”. Na busca por esse livro, descobrimos que o título fora alterado para “O Índio Penhái”.

Iniciava aí a nossa busca ao livro “O Índio Penhái” de Horácio Nogueira. Tomamos conhecimento de que havia uma editora em Montevidéu, no Uruguai que possuía o livro em seu acervo, e que poderia produzir, sob encomenda, uma cópia. Logo, porém, os primeiros contatos e tratativas, nos levou a desconsiderar essa alternativa, pois não havia nenhuma garantia sobre a autenticidade da obra, nem quanto a fidelidade de termos e expressões lingüísticas da época, regionais e interioranas, incomuns à língua castelhana. Além de que o nosso intuito era manter ao máximo a sua originalidade, inclusive quanto ao tipo de papel utilizado na época, o que com uma reimpressão não seria possível.

Algum tempo depois, encontramos um anúncio do livro num Site de comércio eletrônico, mas quando nos mobilizamos para adquiri-lo, ele já havia sido vendido. Bem, pensamos: se foi vendido, alguém o comprou... Continuemos, pois!

Publiquei aqui na Torre um pequeno trecho do “Na Trilha do Grillo...” com o apelo para encontrar “O Índio”.

Marta, sobrinha-neta de Horácio Nogueira conseguiu um exemplar do livro, que havia pertencido á sua mãe, Maria Nogueira, sobrinha do autor. Júbilo...

Curto júbilo, pois ao manuseá-lo percebemos que faltavam partes. Mas já era um começo.

No início do corrente ano, ao visitar um casal de amigos, Belkis e Eleni (esta também sobrinha-neta de Horácio) na cidade de Registro, interior de São Paulo, meu instinto de rato de quinquilharias me levou a xeretar num desses quartinhos que todos temos em casa, onde se guardam, ou melhor, se dispensam coisas inservíveis, mas que, por alguma razão, não se quer jogar fora. Lá encontrei outro exemplar do livro, tão ou mais surrado pelo tempo quanto o que já tínhamos. Ficamos radiantes, pois vislumbramos a possibilidade de completar as partes que faltavam no nosso exemplar. Realmente muitas lacunas internas foram supridas, porém a falta do final era comum a ambos. O epílogo estava inconcluso.

Estaleiro... Nova espera.

Eis que, em Fevereiro de 2011 o Sr. Horácio Toledo Nogueira, sobrinho neto do autor do livro (daí o mesmo nome) nos contatou dispondo-se a nos fornecer as páginas faltantes, e, - mundo pequeno – tinha sido ele o comprador daquele exemplar que estava à venda no Site de comércio eletrônico. Gentilmente e com presteza enviou-nos pelos Correios, desde a cidade de Guaraci, norte do Paraná, cópias das páginas finais do livro.

Agora sim, poderíamos nos dedicar ao trabalho.
Página original

Não vou aqui me estender em detalhes técnicos. Cabe, porém ressaltar que o trabalho exigiu boa dose de paciência e tempo. Devido ao adiantado estado de decomposição, muitas páginas, inclusive a capa, estavam com partes ilegíveis e em alguns casos faltando pedaços. Foi preciso reconstruí-las baseado na lógica simétrica do texto, copiando e colando caracteres extraídos de outras partes do mesmo texto, para que fossem mantidas as mesmas características tipográficas do original.

O livro foi escaneado com resolução de 300 dpi (pontos por polegada) e convertido em arquivo PDF para tornar acessível a qualquer usuário de computador, já que esse formato de arquivo é lido através do Acrobat Reader, de fácil aquisição e instalação e de custo inexistente.
Mesma página restaurada

As páginas foram tratadas como imagens através de um software de tratamento de imagens, ampliadas até 1.500% o que possibilitou tratar cada caractere em nível de dpi, ou seja, a menor fração de uma imagem, garantindo, assim pensamos, um texto limpo, legível e sem máculas, inclusive no interior dos caracteres, mas mantendo a sua originalidade.

Pelo ano de suas publicações, acreditamos que esses dois livros sejam considerados de domínio público, não havendo, portanto, direitos autorais a resgatar. Porém a Lei, à esse respeito é um tanto dúbia e confusa. De maneira alguma pretendemos violar quaisquer direitos porventura existentes. Nosso intuito foi e é o de recuperar uma obra que, pelo desenrolar dos fatos, estaria irremediavelmente condenada a ser apagada da memória histórica brasileira, levando consigo uma boa parte de sua cultura, sua língua e seu povo.

Quanto aos originais, eles estão mantidos em nosso poder e serão oportunamente devolvidos aos seus proprietários, no estado em que os pegamos, inclusive com as anotações manuscritas em suas margens e em seu corpo. A restauração física deles só poderá ser tentada junto à laboratórios especializados mantidos por algumas grandes bibliotecas ou grandes empresas do ramo. Processo certamente custoso.

Solicitamos agora, junto ao MEC – Biblioteca Nacional e o Site Domínio Público, que essas duas obras sejam incluídas em seus acervos e disponibilizadas gratuitamente aos leitores e pesquisadores.

Para isso se efetivar, dentre outras exigências, é preciso constar a biografia do autor, razão pela qual apelamos novamente a quem nos puder ajudar, que nos municie de informações sobre a vida de Horácio Nogueira.

Contatos podem ser mantidos através do endereço ao lado: letrasdatorre@hotmail.com.

Através desse endereço podem também ser solicitadas cópias digitalizadas de ambos os livros (novamente considerando que os tratamos como de domínio público). O envio por e-mail será gratuito e individualizado, dentro das nossas possibilidades e até que os livros estejam disponíveis nos Sites oficiais.

Igualmente, através desse endereço, poderemos tratar da viabilização de trabalhos similares, com outras obras que se queira e que seja possível resgatar.

Capa Original

Para finalizar, agradecemos a todos os que nos ajudaram nessa empreitada, à Marta, ao casal Belkis e Eleni e especialmente ao Sr. Horácio Toledo Nogueira, sem os quais este trabalho não seria realizado.

Ficamos, além da sensação de dever cumprido, com a satisfação de, através da Torre e da nossa busca, termos aproximado pessoas, parentes e descendentes de Horácio Nogueira, que antes, dispersos, vagamente sabiam – se sabiam - de suas existências.

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domingo, 10 de abril de 2011

O gatinho cego

Havia um gato cego na varanda.

Nascera ali, numa ninhada de mais quatro gatinhos que se foram logo. Primeiro um, o que pelo tato do focinho percebera que era o mais peludo. Depois foram outros dois de uma vez só. Por último a gatinha magra com quem brincava de morder o rabo.

Ele ficou na varanda, imaginando o mundo e vivendo no mundo imaginário que inventara. No começo o calor do corpo da gata-mãe e o leite quentinho que ela lhe dava pareciam ser tudo o que existia. Logo percebeu que a sua teta era a segunda, contando na fileira de baixo a partir do ronronar audível da mãe. Notou que ao seu lado, na primeira teta mamava um irmãozinho peludo e a sua direita dois outros, que não sabia bem distinguir o pelo. Acima dele, na teta do meio da carreira de cima, apoiando-se nele com as perninhas finas, mamava uma gatinha. Ele sabia que era uma gatinha pelo seu cheiro e seus modos diferentes dos modos dos gatos que mamavam ao seu lado; suaves, delicados, femininos.

Depois eles se foram. Levaram eles. Escutou dizerem:

- Olhe este é bonitinho, todo raiado.

– Não, eu prefiro aquele, peludinho.

Depois levaram os outros dois. Falaram:

- Só temos este raiado e aquele, mourisco. Tem também a gatinha e o gatinho cego.

- Levamos os dois, então. Não queremos a gata e o gatinho cego, de que nos servirá? Não saberá interagir com as crianças...

A gatinha que mamava na teta de cima não escutou levarem. Ele acordou numa noite, porque para ele sempre fora noite, e não mais a encontrou para brincar de morder o rabo.

Depois a gata-mãe rareou as lambidas de carinho, até que sumiu de vez. Ele ficou na varanda conhecendo que seu mundo se limitava a uma parede de um lado e um abismo pressentido do outro. O limite concreto da parede e seu medo abstrato do abismo não o impediam de ser alegre e brincalhão como todo gatinho sabe ser. Aprendeu que, ao sentir o cheiro de frituras e o burburinho de vozes, logo viria a comida apetitosa que alguém lhe lançava no pratinho, e que comia com voracidade.

Um dia, em que ouvira vozes infantis, deixaram esquecidos na varanda um chocalho quebrado e uma bolinha de plástico. Tateou até encontrá-los e passou a brincar com eles. Adorava ouvir os sons dos guizos e rolar a bolinha junto à parede, cuidando para que não lhe fugisse para além do limite do abismo.

Aprendeu a encontrar o sol pelo calor de seus raios e ali ficava deitado a aquecer o corpo. Quando esfriava, dormia sobre o pano de lã que estava a um canto da parede.

Ouvia o rufar de asas e pressentia o movimento alegre de passarinhos bem próximos, que disputavam os farelos da ração que sobrara no pratinho.

Então ontem, no meio da tarde, quando brincava com a bolinha de plástico, escorregou no piso da varanda e não podendo parar a tempo, chocou-se com a parede. Bateu a cabeça e ficou tonto, aturdido. Quando, aos poucos, foi recuperando os sentidos, notou que já não era o mesmo. Uma luz forte lhe ardia os olhos. Imagens que antes só eram imaginadas foram se formando. Viu que a parede era apenas um muro que se poderia alcançar o topo com um pequeno salto. Viu que acima brilhava um céu de azul intenso e que no meio dele ardia uma bola de fogo cujo amarelo dos raios lhe aquecia. Viu que o abismo imaginado era mesmo real e que estava cercado por uma tela de malhas finas e que não era mais alta que o muro em que batera a cabeça. Havia um vaso de flores sobre a tela, lá, na outra extremidade.

Ainda aturdido e confuso, passou o resto da tarde a explorar a varanda. Encontrou o velho chocalho que há tempos não brincava, e notou que ele estava quebrado.

Então escureceu e ele teve medo, pois nunca havia escurecido em sua vida depois de ter visto a luz. Aninhou-se no pano de lã e viu que ele era roto e sujo.

Ali ficou, observando a escuridão e os pequenos pontos luminosos que apareceram no céu, antes azul. Dormiu pouco e no pouco que dormiu pesadelos o atormentaram. Ora era a bola de fogo que lhe devorava, ora era a folhagem do vaso que ao balançar com o vento, raspava na tela e fazia ruídos horripilantes.

Viu que voltava, aos poucos a clarear, e que o burburinho de vozes se tornava audível novamente. O medo já não era tanto. Sentiu o cheiro gostoso e percebeu que tinha fome. Seguiu o cheiro e pela porta entreaberta viu uma mesa onde fumegavam xícaras de café e reluziam nos pratos apetitosos nacos de presunto. Quis entrar mas lhe enxotaram com rispidez. Jogaram pela janela uma porção de ração no seu pratinho. E então ele percebeu que a ração não era saborosa como antes, e que o cheiro gostoso que sentia não era dela, mas da mesa que vira pela porta. Não teve vontade de comer daquela ração, mas do que vira sobre a mesa.

Um pardal chegou do ar por sobre a tela e veio bicar os nacos de ração, a seu lado. Quis brincar com ele, mas ele fugiu assustado por sobre o parapeito da tela de onde viera, e sumiu no horizonte. Então o gatinho percebeu que havia montanhas azuis no horizonte e que antes delas subia um balão colorido de faixas amarelas, verdes, vermelhas... e sua bolinha de plástico ali, tão desbotada e murcha!...

De um salto, galgou o parapeito da tela e sentiu as montanhas tão próximas que quase daria para tocá-las com o focinho. Tomou um novo impulso e saltou para elas.

E caiu no asfalto da rua, quatorze andares abaixo.

O pardal, que ainda esvoaçava pela praça, comentou pesaroso:

- Gato doido!... Parecia tão feliz lá na varanda. Será que pensou que tinha asas como eu?...

Um sabiá laranjeira, pousado num galho próximo, murmurou mais para si mesmo que para qualquer platéia:

- Não, amigo pardal. Ele abriu os olhos e viu que o mundo era maior que a sua varanda.



Fotos:


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domingo, 3 de abril de 2011

Visões da Torre

Luneta usada por Galileu Galilei por volta de
1609 e 1610
Um breve relato à respeito do que se avista da Torre ao redor do mundo e que considero importante compartilhar:

O MIL – Movimento Internacional Lusófono – em que pese algumas discordâncias minhas à respeito de seus encaminhamentos, a meu ver excessivamente centrados num Portugal como metrópole indiscutível, continua sendo o mais sério esforço para a construção de uma comunidade lusófona integrada, solidária; política, econômica e culturalmente falando.
A revista Nova Águia, porta-voz do MIL, já está na sua sétima publicação semestral. Trás como tema central Fernando Pessoa – Minha Pátria é a Língua Portuguesa – Nos 15 anos da CPLP. No seu Editorial pode-se antecipar um pouco da abordagem proposta:

“Não existe – porventura nunca existirá – uma grelha analítica que dê conta da totalidade da obra de Fernando Pessoa, o maior enigma da história da cultura portuguesa do século XX. Consciente desta intrínseca impossibilidade, Nova Águia não podia, no entanto, deixar de dar um contributo para um melhor esclarecimento da obra do autor maior da cidade de Lisboa e da língua portuguesa na primeira metade do século XX. Obedecendo aos quesitos teóricos da revista refundada por Teixeira de Pascoaes, desejámos voluntariamente que o contributo do nº 7 da Nova Águia não partisse de leituras vanguardistas, que ligam legitimamente Pessoa ao modernismo português, mas, diferentemente, de leituras vinculadoras da sua obra aos veios nervosos da cultura portuguesa, toda a cultura portuguesa, sem preconceitos nem limites.”

O endereço do blog da revista é: http://novaaguia.blogspot.com/ e assinaturas podem ser feitas através de: http://www.zefiro.pt/novaaguia.

No Brasil a revista pode ser encontrada no Espaço Cultural É-Realizações, Rua França Pinto, 498 - Vila Mariana - São Paulo; na Livraria Hildebrando (Universidade de Brasília); Via Livros (contacto - Alexandre Santos: alexandresantos@br.inter.net).

Outro espaço interessante para quem se interessa por história, é o “Café História” que conforme o próprio site diz, é uma rede social baseada no modelo de web colaborativa voltada para estudantes, professores, pesquisadores ou simples apaixonados por história. É um espaço para se ler notícias, publicar textos, acessar vídeos, participar de debates, trocar idéias, conhecimentos e informações.

O objetivo é oferecer o melhor espaço possível para o estudo e a divulgação da história e também de temas educacionais.

Seu endereço na rede é: http://cafehistoria.ning.com/ e também pode ser acessado através de um click sobre o link ali à direita. As matérias e os debates são interessantíssimos.

Da amiga Mariza recebi um e-mail recomendando a WDL que traduzindo para o portugues significa “Biblioteca Digital Mundial”, assunto que me interessa sobremaneira no momento em que me dedico à restauração digital de obras literárias quase que extintas. (Está em curso a restauração digital de “O Índio Penhái” de Horácio Nogueira – em breve mostrarei aqui esse trabalho).

Voltando ao WDL, o Site reúne mapas, textos, fotos, gravações e filmes de todos os tempos e explica em sete idiomas as jóias e relíquias culturais de todas as bibliotecas do planeta.

Tem, sobretudo, caráter patrimonial" , antecipou em LA NACION Abdelaziz Abid, coordenador do projeto impulsionado pela UNESCO e outras 32 instituições. A BDM não oferecerá documentos correntes, a não ser "com valor de patrimônio, que permitirão apreciar e conhecer melhor as culturas do mundo em idiomas diferentes:árabe, chinês, inglês, francês, russo, espanhol e português. Mas há documentos em linha em mais de 50 idiomas".

Entre os documentos mais antigos há alguns códices precolombianos, graças à contribuição do México, e os primeiros mapas da América, desenhados por Diego Gutiérrez para o rei de Espanha em 1562", explicou Abid.

Os tesouros incluem o Hyakumanto darani , um documento em japonês publicado no ano 764 e considerado o primeiro texto impresso da história; um relato dos azetecas que constitui a primeira menção do Menino Jesus no Novo Mundo; trabalhos de cientistas árabes desvelando o mistério da álgebra; ossos utilizados como oráculos e esteiras chinesas; a Bíblia de Gutenberg; antigas fotos latino-americanas da Biblioteca Nacional do Brasil e a célebre Bíblia do Diabo, do século XIII, da Biblioteca Nacional da Suécia.

Cada jóia da cultura universal aparece acompanhada de uma breve explicação do seu conteúdo e seu significado.

Os documentos foram passados por scanners e incorporados no seu idioma original, mas as explicações aparecem em sete línguas, entre elas O PORTUGUÊS.

A biblioteca começa com 1200 documentos, mas foi pensada para receber um número ilimitado de textos, gravados, mapas, fotografias e ilustrações.

Embora seja apresentado oficialmente na sede da UNESCO, em Paris, a Biblioteca Digital Mundial já está disponível na Internet, através do síte: http://www.wdl.org/.

O acesso é gratuito e os usuários podem ingressar diretamente pela Web , sem necessidade de se registrarem.

Permite ao internauta orientar a sua busca por épocas, zonas geográficas, tipo de documento e instituição. O sistema propõe as explicações em sete idiomas (árabe, chinês, inglês, francês, russo, espanhol e português), embora os originas existam na sua língua original.

Desse modo, é possível, por exemplo, estudar em detalhe o Evangelho de São Mateus traduzido em aleutiano pelo missionário russo Ioann Veniamiov, em 1840. Com um simples clique, podem-se passar as páginas um livro, aproximar ou afastar os textos e movê-los em todos os sentidos. A excelente definição das imagens permite uma leitura cômoda e minuciosa.

Entre as jóias que contem no momento a BDM está a Declaração de Independência dos Estados Unidos, assim como as Constituições de numerosos países; um texto japonês do século XVI considerado a primeira impressão da história; o jornal de um estudioso veneziano que acompanhou Fernão de Magalhães na sua viagem ao redor do mundo; o original das "Fábulas" de La Fontaine, o primeiro livro publicado nas Filipinas em espanhol e tagalog, a Bíblia de Gutemberg, e umas pinturas rupestres africanas que datam de 8.000 A.C.

Duas regiões do mundo estão particularmente bem representadas:
América Latina e Médio Oriente. Isso deve-se à ativa participação da Biblioteca Nacional do Brasil, à biblioteca de Alexandria no Egito e à Universidade Rei Abdulá da Arábia Saudita.

A estrutura da BDM foi decalcada do projeto de digitalização da Biblioteca do Congresso dos Estados Unidos, que começou em 1991 e atualmente contém 11 milhões de documentos em linha.

Os seus responsáveis afirmam que a BDM está sobretudo destinada a investigadores, professores e alunos.

Mas a importância que reveste esse sítio vai muito além da incitação ao estudo das novas gerações que vivem num mundo audio-visual.

Para a área pedagógica, especialmente para alunos e professores de séries iniciais e intermediárias, continuo recomendando o blog da amiga Krika: http://www.linguagemeafins.blogspot.com/. Tem sempre matérias atualizadas e compatíveis com eventos e assuntos da época. Além de que se pode solicitar a ela um assunto específico. Ela pesquisa, desenvolve e disponibiliza em seu blog.

Outros espaços que visito costumeiramente e que recomendo:        http://www.dominiopublico.gov.br/ ; (Biblioteca Digital Pública); e

http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/obras-literarias-menu/index.php (excelente acervo, com biografia de seus autores).

Para sites de músicas, recomendo a Sissi: http://www.sissinossosite.com.br/Sissi.html. Grande variedade de gêneros musicais, organizados em diversas pastas específicas. Assim como a Krika, Sissi também pode disponibilizar músicas à pedido. No site há um link para contato.

Um blog pessoal que nunca deixo de ver/ler é o do antigo chefe de redação do jornal Diário de Notícias, de Portugal, Henrique Antunes Ferreira. Ele escreve com um humor inteligente e uma maneira peculiar de abordar os assuntos: http://aminhatravessadoferreira.blogspot.com/.

Resumindo, a rede está cheia de boas opções. Referi aos que conheço e que mais me atraem. Certamente há outros.

Boa semana à todos.

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