domingo, 27 de junho de 2010

Lembrando Paulo Diniz



Pernambucano, cantor e compositor, Paulo Diniz chegou ao Rio de Janeiro na década de 1960 contratado pela Rádio Globo após alguns anos em rádios de Recife e Fortaleza.
Seu primeiro disco - um compacto simples com as músicas "Quem desdenha quer comprar" e "O chorão" - teve boa repercussão, rendendo convites para participar do programa de maior sucesso na televisão da época, Jovem Guarda, comandado por Roberto Carlos, Erasmo Carlos e Wanderléa.
Como a parceria Roberto e Erasmo, Paulo Diniz fazia canções com Odibar Moreira da Silva, o Odibar, tendo “Pingos de amor” como a música mais conhecida. Vendeu mais de 1 milhão de álbuns e foi regravada por Emilio Santiago e Kid Abelha e cantada por Zeca Baleiro.
Paulo Diniz demonstrou grande habilidade em musicalizar poemas de autores de língua portuguesa, como a famosa "José", de Carlos Drummond de Andrade, "Vou-me embora pra pasárgada", de Manuel Bandeira. Outros sucessos posteriores vieram: "Um chope pra distrair"; "Piri Piri"; "Como?"; "Vou-me embora" e "Quero voltar para a Bahia (I want to go back to Bahia)", esta dedicada à Caetano Veloso quando estava exilado em Londres.
“O AI-5 foi uma barra pesada, calou a boca de todo mundo. Tive a música 'Palmares' censurada. Cortaram também a '“Malandro é São Benedito'... Nunca quis gravar depois.
Na época do Pasquim, que esgotava meia hora depois de chegar na banca, o Caetano mandava matérias, cartas. Numa delas dizia que estava solitário em Londres. Ele usava aquele visual riponga, que lá não era nada demais, cheio de malucos. Eu também estava muito só; a gente se conhecia do Solar da Fossa, onde a gente viveu um tempo. Gil, Caetano, Torquato, Rogério Duarte, Gal, Aderbal Freire Filho, meu companheiro de elenco de rádio-teatro na Rádio Dragão do Mar...” contou Paulo Diniz em 2008 ao repórter Henrique Nunes para o Diário do Nordeste.
Há 20 anos, Paulo Diniz teve uma inflamação na medula que provocou problemas em suas pernas, mas em 1997 retomou a carreira. Atualmente continua se apresentando com sua voz rouca e seu velho violão.


Vou-me embora
Vou-me embora
Vou buscar a sorte
Caminhos que me levam
Não têm Sul nem Norte
Mas meu andar é firme
E meu anseio é forte
Ou eu encanto a vida
Ou desencanto a morte...

Vou-me embora
Vou-me embora
Nada aqui me resta
Senão a dor contida
Num adeus sem festa.
Eu vou na ida indo
Que o temor desperta
Cuidar da minha vida
Que a morte é certa.

Quem disse que trazia
Até hoje não trouxe
O bem de se fazer
da vida amarga, doce.

Eu não espero o dia
Pouco me importa
Se o velho é sábio
Se a menina é louca
Se a tristeza é muita
Se a alegria é pouca
Se José é fraco
Ou se João é forte
Eu quero a todo custo
Encontrar a sorte.

Vou-me embora
Vou-me embora
E levo na partida
Resolução no peito
Firme e definida
Quem vem na minha ida
Ouve a minha voz
E cada um por si
E Deus por todos nós...
(Há muito tempo, cantei essa música em uma despedida que pensava breve. Quando voltei, não encontrei mais nada do que havia a tanto custo construido. Nem a mim mesmo.)
Confira em:
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sábado, 19 de junho de 2010

Encruzilhada Natalino

Na última vez em que fui ao Rio Grande do Sul, para visita à parentes, no retorno e com tempo, viemos pela RS 324, que liga Passo Fundo à Ronda Alta. A estrada, hoje asfaltada, a não ser pelo traçado que pouco mudou, não lembra em nada a que existia no início da década de 80, apesar de alguns descuidos de conservação.

Nessa estrada, de cerca de 80 km, há uma bifurcação que leva à BR 386, permitindo assim acesso às cidades de Sarandi, Carazinho, Coqueiro do Sul...

A essa bifurcação, “encruzilhada” para os gaúchos, convencionou-se chamar de “Encruzilhada Natalino”, por conta de um morador e comerciante de nome Natalino, estabelecido com sua atividade rural-pastoril-comercial nesse local.

Pois foi exatamente nesse lugar, no lado oposto da rodovia, em relação à casa de comércio de Natalino, que se iniciou o que viria a transformar-se no símbolo da resistência e organização agrária que ainda hoje persiste. Encruzilhada Natalino foi um salto para a unificação ideológica de diversos grupos e tendências que lutavam pela Reforma Agrária.

Todo o processo de luta naquela região teve seu estopim na conhecida Encruzilhada Natalino, mas não começou ali. Já em 1962, época do então governador Leonel Brizola, parte da conhecida Fazenda Sarandi foi desapropriada para o assentamento de algumas famílias da região, organizadas pelo MASTER – Movimento dos Agricultores Sem Terras – no acampamento Cascavel. Parte destas terras foi destinada ao assentamento de algumas famílias, e o restante do complexo foi distribuído em médias e grandes propriedades.

Havia ainda um conflito permanente nas áreas indígenas da região. Agricultores que foram expulsos dos territórios indígenas começaram um movimento em busca de terra e realizaram as ocupações das fazendas Macali e Brilhante. “Os governos estadual e federal abriam projetos de colonização no norte do país. Mas nesse período tinha a CPT - Comissão Pastoral da Terra - e outras organizações apoiando o povo e nem todos foram pro Norte. Em torno de umas 500 famílias foram se organizando e em setembro de 79 um grupo ocupou a fazenda Macali, e outro grupo ocupou a fazenda Brilhante”, lembra Salete Campigotto, hoje assentada em Sarandi.

E foram se juntando pessoas, de vários municípios da região. Muita gente que trabalhava como agregados, outros de famílias pobres, que não tinham como acomodar todo mundo em casa”, lembra Salete. “Ficamos ali e o acampamento começou a inchar, gerar mais pressão. O curioso é que a Encruzilhada ocorreu na época da ditadura militar”, complementa Antoninho Campigotto.

Nas cidades havia a contestação ao regime através de greves operárias e agitações estudantis.

O então presidente, o militar João Batista Figueiredo, enviou para a região um de seus quadros de maior confiança, para desmantelar o acampamento. O coronel Curió era conhecido – e temido – por seu histórico de repressão e violência contra a organização popular. Havia sido responsável pela desmobilização de Serra Pelada e pela dissolução da Guerrilha do Araguaia. Em 1981, armou acampamento com todo seu aparato na região.

Nesse contexto, as organizações e movimentos urbanos, viam na resistência dos acampados mais um flanco de luta contra a ditadura militar.

A solidariedade fortaleceu a resistência. Além do apoio de assentados da região, padres, pastores, sindicatos e trabalhadores que apoiavam a Reforma Agrária, se uniam cada qual a seu modo, em apoio aos colonos.

Quando estive lá, no início do ano de 1982, a estrada era poeirenta. Eu integrava uma comitiva de pessoas que representavam algumas dessas organizações urbanas. O objetivo era quebrar o cerco do Coronel Curió aos assentados e estabelecer uma ponte com o que cada uma de nossas organizações poderia fazer: arrecadar em suas instâncias; roupas, alimentos, remédios. Mas principalmente demonstrar nosso apoio político, a solidariedade efetiva e afetiva.

Fomos em um comboio de três carros, num total de 8 pessoas, cada um de nós com a responsabilidade de representar centenas de outros. A tensão era grande entre nós. Temíamos a truculência histórica do Curió.

Mas para nossa surpresa e desconfiança, não fomos parados por nenhuma barreira militar, que, simplesmente nos olharam passar.

No Natalino, centenas de barracas de lona se estendiam ao longo da estrada. Crianças corriam e brincavam nos barrancos. Aqui e ali, um grupo discutia acalorado. Mulheres estendiam roupas na cerca de arame farpado. Dos barracos de lona preta, enfileirados ao longo da estrada, subiam filetes isolados de fumaça azulada, que se juntavam no céu, abaixo das poucas nuvens.

Chegamos à Encruzilhada, propriamente dita, aonde uma cruz de madeira tosca, com panos amarrados em sua transversal - viemos saber depois - representavam as crianças que morreram no acampamento. Ali conversamos com algumas lideranças e expusemos as nossas pretensões. Efusivamente nos receberam. E denunciavam. “Estão secando o açude onde a gente lava a roupa. Estão levando os cavalos para beber e sujar a fonte onde a gente bebe água. Os caminhões do exército passam correndo aqui, levantando poeira e correndo com as crianças. Sujando a roupa que lavamos. E de noite, soltam foguetes. As crianças se assustam e não dormem.”

Dali, fomos à cidade de Ronda Alta, conversar com o então presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais, Saul Barbosa, que por medida de precaução, preferiu nos receber em sua casa, já que a sede do Sindicato estava ostensivamente vigiada.

Dentre tantas coisas que ele falou uma frase nos fez meditar profundamente: “Curió não quer o confronto direto, ele sabe que o regime está já bastante desgastado, e qualquer morte que ocorrer aqui, será transformada em bandeira para o resto do país. Ele está agindo de forma a cooptar as famílias para um projeto no Mato Grosso. Esvaziar o movimento. Dividir os colonos”.

Saul Barbosa, anos depois foi eleito prefeito de Ronda Alta.

De fato, a profecia do Saul se concretizou. Curió conseguiu arrebanhar algumas centenas de famílias do acampamento e alojá-las em Lucas do Rio Verde em Mato Grosso. A maioria, porém, voltou de lá, por não estarem preparadas para a monocultura, principalmente de soja, que combatiam aqui, além de terra e solo diferente do que estavam acostumados a cultivar. Das centenas de famílias que Curió conseguiu arrebanhar, restaram em Lucas do Rio Verde, pouco mais de uma dezena, que ampliaram suas propriedades comprando as terras dos que não se adequaram ao ambiente, e, espertamente usaram incentivos e financiamentos federais, bancados por toda a sociedade brasileira.

Voltando à Encruzilhada Natalino, apesar das defecções caudas por Curió, a maioria das famílias resistiu. Em 2002 as forças de Curió se retiraram. Muito contribui para o fracasso da repressão um fato, no mínimo, curioso: Um acampado, tentando sintonizar uma emissora de rádio argentina, em ondas curtas, casualmente entrou na freqüência do rádio do Coronel Curió, quando enviava os seus relatos para o antigo SNI. A partir daí, todos os movimentos das tropas eram sabidos por aqueles colonos, supostamente ignorantes.

Hoje está marcado em uma placa, bem ali na Encruzilhada Natalino: “derrota do Curió e vitória da luta pela terra”.

A Fazenda Annoni foi desapropriada.

“Antes isso aqui tinha 800 e poucas cabeças de gado nos 9,2 mil hectares, e o tradicional capim Anonni, que hoje é uma praga pra nós. Aqui temos a prova que nossa prioridade é produzir, em cima dessa área que era improdutiva, e alimentar as pessoas”, afirma Jorge José dos Santos, que também participou da ocupação.

Hoje, na região da antiga fazenda Anonni são 7 comunidades. Todas elas possuem seu ginásio de esporte. Todas as crianças freqüentam uma das três escolas que existe por ali. Uma é estadual e vai até a 8ª série, e duas municipais. O assentamento abriga ainda uma escola técnica, o Instituto Educar, que forma técnicos em agroecologia.

Alguns anos depois, em um congresso que reuniu representantes das organizações que defendiam a Reforma Agrária, em uma cidade do interior do Paraná, foi fundado o MST – Movimento dos Trabalhadores Sem Terra, cuja origem está fincada nas hoje pedras, placas e monumentos solitários num descampado da Encruzilhada Natalino.
A luta ainda continua!
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Fotos: Marta Kurigatah
Texto: Memórias
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domingo, 13 de junho de 2010

Remembranças



Não adianta, a vida pode cruelmente passar, mas jamais apaga nossas lembranças mais ternas. Escondidas nos escaninhos do tempo e da memória. Nas remembranças. A alegria e a dor caminham juntas, são gêmeas como as orelhas do meu tostado que morreu em um janeiro numa volta de mato, à beira da restinga, perto das amoreiras pretas. Ele gostava tanto de passar as tardes debaixo daquelas amoreiras, coitado, reboleando a cola, espantando as mutucas. Então optou por morrer ali, debaixo da sombra doce e amiga, com os olhos fixos nas coxilhas onduladas, sob o céu azul da sagrada terra castilhense...

Quando lembro da infância recordo dos serões de minhas tias fazendo doces na cozinha. Eram tachos de peradas, marmeladas, figadas, goiabadas... Os aromas ganhavam a casa, enchiam nossas narinas com o cheiro das frutas cozidas, esmagadas e depois virando pasta. A seguir, eram colocadas naqueles apetitosos quadros de madeira, dentro de vidros, doces para o ano inteiro. A vida parecia mesmo, naquela época, uma geléia de morangos maduros. Enquanto aquela labuta toda enchia a casa, eu, meu irmão, uns primos e alguns amigos, ficávamos brincando nas noites de verão. Corríamos caçando pirilampos para depois transformá-los em lanternas dentro de garrafas vazias. Naquela farra, a cachorrada, ladrando, nos seguia feliz.

A criançada, às vezes, ajudava na lida. Um dos trabalhos era mexer os caldos com as grandes colheres de pau, ou então carregar lenha seca para os fogões de barro, com as chapas de aço. Uma vez encostei a barriga numa chapa vermelha e o vergão ficou imenso, uma queimadura terrível. Só não piorou porque urinei na mão e passei no local, como meu pai havia ensinado. Com o ácido úrico nem bolha levantava.

Passaram-se uns anos e a minha vida se tornou amarga. As belezas e doçuras deram lugar a um tempo feio, sem brincadeiras infantis, sem minhas tias, sem meu irmão, sem meus amigos e, principalmente, sem a minha mãe, sempre tão feliz, fazendo doces. Nunca mais vi as caixetas de doces, os vidros de compotas nas estantes. Chegou a um termo terrível e agora, se a existência não está assim tão amarguenta, a minha boca anda seca, com gosto de água salobra. Hoje, quando chega o verão, arrasto minhas alpargatas por esse apartamento, um caixão de concreto, e lembro das antigas noites de guri. Sonho em morrer como o meu tostado, debaixo das amoreiras, só para sentir, no último suspiro, todos os doces que a vida me levou um a um, lentamente da palma da minha mão.
Paulo Mendes - Publicado no Jornal Correio do Povo -Na coluna Campereada -Edição de 16 a 23 de Maio de 2010
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Esta crônica chegou-me às mãos, recortada do jornal Correio do Povo. O amigo Claudino Pastre, com um pouco de dificuldade visual, pediu-me que a ampliasse para que ele pudesse ler. Me identifiquei tanto com ela, que também a publico aqui.
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domingo, 6 de junho de 2010

O Meu Terrorista

Formalmente nunca fomos apresentados e não recordo com precisão a data exata em que nos conhecemos.

Deve ter sido entre meados de junho ou julho, logo que mudei de Torre.

No início ele era tímido, quase não aparecia. Não fosse por alguns ruídos noturnos que, por ser uma casa velha, poderia ser atribuída a qualquer coisa (um galho de árvore roçando no beiral, uma taboa mal pregada), passaria despercebido.

Com o passar do tempo fui identificando os ruídos intrínsecos da velha casa e acostumando-me com eles. Mas havia alguns que fugiam dos padrões rítmicos naturais de uma casa velha.

Depois passei a encontrar vestígios, ora uma sacola plástica junto à lixeira que não deveria estar ali, ora umas bolotinhas ovais perto da pia.

Certo dia o vi em cima do armário das louças, observando-me pacientemente enquanto eu, na mesa próxima, navegava na internet.

Parecia tão meigo, olhar curioso. Dei-lhe o nome de Ben, em homenagem ao Michael Jacson.

Poderíamos ter uma convivência harmoniosa, e até tivemos por um curto período. Logo, porém, comecei a perceber pequenos desvios de conduta, que me desagradaram; o furto de um pedaço de pão, a mudança de canal na televisão enquanto eu, semi-desperto, assistia ao jogo do Grêmio, para uma emissora que passava o desenho do Mickey, e outras diabices aparentemente inocentes, como assustar minhas visitas ao desfilar pela sala, nas horas menos próprias.

Uma noite, ao chegar a casa, encontrei-o alucinado a correr de um lado para o outro, dando cambalhotas e fazendo gestos obscenos com o bigode. Tinha roído todos meus comprimidos de Paracetamol e bebido o álcool de acender o carvão do churrasco de domingo.

Relevei. Afinal quem nunca tomou um porre na vida?

Mas ele foi ficando cada vez mais ousado. Num domingo acabou o gás do isqueiro. Doido para acender um cigarro, lembrei-me que tinha uma caixa de fósforos na gaveta. Encontrei a caixinha toda desfiada e os palitos sem cabeça. Imaginei que ele estaria armazenando explosivos para construir algum artefato nuclear. Vemos essas coisas todos os dias na televisão.

E passou a desafiar-me ostensivamente. No dia em que comprei um pãozinho frances, fiz café, e não encontrei nada na geladeira para passar no pão, ele saltitava sobre o armário, me apontava o focinho e guinchava como a acusar: “danou-se, pequeno-burguês de merda! Herege!...”

Começaram ali nossas hostilidades, com nítida vantagem estratégica ao seu favor. Não me permitia mais dormir. Bastava eu cochilar por um momento que ele começava com sua campanha de roer sacolas plásticas, ou outra coisa qualquer que fizesse ruídos irritantes. Eu passava os dias a bocejar, com olheiras. Mudei seu nome de Ben, para Bin.

Recomendaram-me comprar Fubarin, mas não sou adepto da guerra química, que poderia atingir outras espécies, como o sabiá e a pombinha Xuxa. Optei por promover emboscadas cirúrgicas. Comprei uma ratoeira.

Durante mais de mês o alimentei com queijo prato, sem que a ratoeira desarmasse. Nas poucas vezes em que desarmou, ele safou-se. Não entendo como conseguia.

Depois comprei um Roqueforte, mais duro e de aroma mais atrativo. E bem mais caro.

Numa madrugada acordei com o barulho... plect... Corri lá e ele estava agonizando. Logo morreu.

Passei duas noites de sono tranqüilo, até que o vi novamente sobre o armário a me observar com sua barba rala, seu focinho encovado e seus olhinhos maus. Ele deve ter mandado um sósia roubar o Roqueforte.

Marta quer dar-me um gato, dos dela. Talvez fosse uma boa idéia. Com a presença de forças estrangeiras, ele poderia se sentir ameaçado e fugir para a serra do Rastro ou se exilar no Paraguai.

Mas dos oito gatos de Marta não tem nenhum que tenha o perfil bélico adequado. São todos uns mimados.

Além do mais, embora com cérebro mais desenvolvido, nenhum deles tem os orelhões do Bush.
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